Tunico lança nesta sexta-feira, dia 21, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, em todos os aplicativos de música, seu novo single “Samba Afro Caboclo Jazz”, junto com Criolo e o bloco afro Ilê Ayê da Bahia. A música agrega ao som do samba carioca, os tambores da Bahia e o canto do rap paulistano, um encontro geracional com a marca da interconexão cultural dos guetos afro-brasileiros. E uma homenagem do samba e do rap, a uma das figuras mais eminentes do movimento negro brasileiro, Vovô do Ilê Ayê, que completa 70 anos neste ano. Dentre suas realizações, com foco na cultura e educação, estão o Projeto de Extensão Pedagógica e a Escola Profissionalizante do Ilê. Recentemente Vovô teve seu nome retirado da lista de “Personalidades Negras” da Fundação Palmares, assim como outros artistas negros vivos.
“A música é quando os artistas têm a caneta e o microfone na mão pra desabafar, protestar e reverenciar legitimamente. Reconhecer a existência, a vivência e a resistência de Vovô é importantíssimo pro Brasil e pro mundo, fundador do primeiro bloco afro brasileiro, um homem negro, do candomblé, ogã mais velho, em luta pela cultura e educação do nosso povo. Nestes tempos de retrocessos, precisamos reverenciar gente que é tão importante para o nosso tempo, e o Criolo que é um irmão que sabe a importância de reverenciar os mais velhos e a sua ancestralidade topou cantar esta mensagem em forma de música pro ancião do nosso povo que é o Vovô. Ilê Ayê, significa Mundo Negro ou Casa de Negro, seus tambores têm magia, o samba e o rap te reverencia”, falou Tunico.
Tunico possui sua base musical fincada na música dos povos tradicionais de matriz africana, onde começou a cantar aos 13 anos de idade no terreiro e a tocar instrumentos de todos naipes percussivos na escola de samba Unidos de Vila Isabel. E já prepara o próximo lançamento para março, desta vez uma fusão do samba com o gospel afro-americano: “Minhas músicas possuem uma pegada africana muito forte, pois vim do samba e do terreiro, onde vibram os sons negros me identifico. Nesta música, eu aliei minhas vivências e práticas musicais para poder fazer os arranjos e foi uma experiência fantástica este universo de produzir, pensar os processos, editar, criar, trocar com os músicos, misturar violinos, instrumentos jazzísticos com tambores do Ilê e mixar minha própria música para além do cantar Em março têm mais, desta vez com o som afro-americano do gospel”, finalizou ele. O lançamento é distribuído pela gravadora Sony Music Brasil e a capa do single “Samba Afro Caboclo Jazz” é do designer baiano, cria do Curuzu, Fernando Lopes.
0 Comentários